Estilo Pet

Solidariedade para cães sem lar

Voluntárias contrataram pedreiro, compraram casas e as instalaram na área central de Pelotas

Paulo Rossi -

Os cachorros sem lar que perambulam pelo Mercado Central e praça Coronel Pedro Osório agora têm um teto para se abrigar à noite e nos dias frios e chuvosos. Uma ação voluntária de protetoras de animais instalou quatro casas para os cães na calçada próxima ao antigo prédio da Secretaria de Finanças, na rua 15 de Novembro, em frente ao Mercado Central, em Pelotas. As mulheres pagaram, com recursos próprios, a construção das moradias e a instalação no local, tudo com a autorização da prefeitura.

A iniciativa partiu da jornalista Tânia Cabistany a partir da maior convivência com os bichos, após aposentar-se do jornal Diário Popular. Tânia já cuida, há anos, com a amiga Daniela Campos, do Urso, um cão que não deseja ser adotado. “Pude prestar atenção nos demais. São vários e alguns idosos”, comenta. À noite, percebeu que os cães saíam da praça e iam para o Mercado Central onde permaneciam até o fechamento, perto da meia-noite. A partir desse horário, eram retirados e ficavam sem um local para dormir.

Neste meio tempo, três foram adotados, uma delas fugiu e retornou à praça. Nos próximos dias o “condomínio de cães” deve ganhar a quinta casa. A do Urso, que estava em um posto de combustíveis, também será colocada no local.

“Muitos sabem se virar e conseguem se abrigar, os mais idosos não. É difícil para eles saírem daquela área que julgam a “sua residência”, observa. Com a ideia na cabeça, Tânia procurou a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), que acolheu a ideia de imediato. Inicialmente as protetoras pensaram em disponibilizar casas dentro da praça, porém constataram que eles não dormiam dentro da Coronel Pedro Osório - ficam apenas quando tem movimento de pessoas, lembra a jornalista. Algumas caixas de papelão foram colocadas, mas não eram utilizadas pelos animais. Era o teste inicial.

Autorizado
A negociação da instalação no local foi feita com Paulo Pedrozo, diretor de Manifestações Populares da Secretaria de Cultura de Pelotas. Caminhando pelo entorno do Mercado e da praça para encontrar um lugar adequado, Tânia propôs sobre a marquise de um antigo sebo que funcionava no local. Hoje o prédio pertence à prefeitura.

Exemplo para ser replicado
Com o projeto em ação, as protetoras esperam que mais gente tenha iniciativas deste tipo. “Gostaríamos que mais pessoas se unissem, como nós fizemos, e viabilizassem mais abrigos para cães abandonados na rua. São muitos e estão sofrendo com o frio intenso deste inverno”, indica Tânia. Ela contou com o apoio de amigas, como Daniela Campos, Manuela Denardi, Jordana Lima, Carolina Bandeira, Jaqueline Goularte e Zulmira Jorge. A instalação das moradias ocorreu na última quarta-feira. “Aqui elas estarão seguras, monitoradas por câmeras do Mercado e por nós protetoras”, atenta.

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